Sextorsão(Extorsão por e-mail, pedindo resgate em bitcoin)
Os cibercriminosos utilizam a estratégia “spray and pray” (pulverizar e orar, em tradução livre): em vez de alvejar novas vítimas, eles disparam, através de botnets, mensagens para uma extensa lista de e-mails retirada de golpes anteriores. Com isso, os hackers garantem que o percentual de retorno, ainda que pequeno, será lucrativo, uma vez que as pessoas selecionadas são propensas a responder.
“Se o seu endereço de e-mail for encontrado em uma lista de alvos usada pelo botnet, é muito provável que você receba um e-mail de sextorsão — isso se ainda não recebeu”, explica Aaron Higbee, diretor de tecnologia da Cofense.
Em geral, mensagens de extorsão sexual afirmam ter tomado o controle da webcam e filmado o usuário em uma situação comprometedora. Outras vezes, o e-mail pode ameaçar revelar o histórico de navegação em sites adultos, por exemplo.
A botnet de sextorção que a Cofense Labs monitorou no primeiro semestre deste ano tem mais de 200 milhões de contas comprometidas. A empresa conseguiu analizar mais de sete milhões de e-mails com golpes de sextorsão. Desses, cerca de 1.200 conseguiram vítimas do golpe, pagando os criminosos a fim de evitar ter dados expostos na Internet. Com isso, a tática resultou aos hackers US$ 1,5 milhão (R$ 5,9 milhões) em pagamentos a carteiras de Bitcoin associadas a campanhas de sextortion.
Como se proteger
Embora não seja possível evitar o recebimento de e-mails de extorsão sexual, existem ações que podem ajudar a não cair nesses esquemas criminosos. É importante garantir que o seu computador ou celular esteja com o antivírus atualizado, o que diminui as chances de hackers acessarem a webcam remotamente. Vale, ainda, manter a câmera desligada ou coberta quando não estiver em uso.
Mas não a nada muito do que se preocupar.